Com as bênçãos do Rei Momo: da avenida para o altar!

Inspire-se na história do casal que se conheceu da maneira mais improvável para engatar um relacionamento sério.

Diz a sabedoria popular que amor de carnaval não sobe a serra. E se você é do time que já se jogou nos braços de uma paixão durante os dias de farra momesca, também já deve ter visto o tal romance terminar na quarta-feira de cinzas… É verdade! A folia baiana é um cenário totalmente propício para muita paquera e relacionamentos passageiros. E em tempos de contatinho, encontrar o amor da sua vida, no meio de um circuito de carnaval parece mesmo um roteiro de filme. Mas, não é uma missão impossível, certo? 

Era um sábado de carnaval em 2009, quando Elisabete e Davi chegaram ao circuito do carnaval com objetivos diferentes. Ela buscava apenas por diversão ao lado da amiga. Já ele, acompanhado de um grupo de amigos, pretendia aproveitar a folia com muita paquera.

Ao som da quebradeira do grupo Psirico, o encontro foi inusitado. Elisabete pediu “ajuda” ao rapaz para conseguir acompanhar o desfile de Márcio Victor, cantor do grupo de pagode.

“Eu sou baixinha e o bloco estava muito cheio. Ele estava na minha frente com os amigos e por ser mais alto, perguntei se poderia ficar perto dele enquanto a multidão seguia o trio. Imaginei que ele pudesse me proteger (risos)”. O futuro casal seguiu então brincando o carnaval com suas respectivas companhias, mas assim que percebeu a oportunidade, Davi logo tratou de tomar a iniciativa e pediu um beijo. O suficiente para não se desgrudarem mais. 

Bete e Davi juntos no Carnaval de Salvador

Depois de trocarem o orkut e msn (se você faz parte da galera teen, eu te explico: esses eram os nossos Facebook e WhatsApp da época 😅😂), o casal curtiu junto a folia durante todos os dias seguintes, se encontrando sempre no local onde deram o primeiro beijo. 

Mas a quarta-feira de cinzas sempre chega, e, nesse dia, a despedida emocionada foi determinante para fazer com que o casal desejasse que “essa fantasia fosse eterna”, assim como na música “Baianidade Nagô”, interpretada por tantas vozes durante o carnaval. 

Contrariando a crença de que amor de carnaval não sobrevive à quarta-feira de cinzas, o casal oficializou o relacionamento no dia 06 de março daquele mesmo ano. Do namoro até o casamento foram nove carnavais, e é claro que para comemorar o matrimônio não poderiam faltar as músicas de sucesso que até hoje embalam o Carnaval de Salvador, além de fazerem o casal relembrar onde tudo começou: “Nós temos uma história com o circuito Barra-Ondina. É marcante!” afirma Elisabete. 

Casamento dos Foliões

Mais de uma década depois de terem se conhecido, o casal continua aproveitando a folia carnavalesca juntinhos e deixam um conselho para quem vai curtir o próximo carnaval: “Vá com muita responsabilidade, amor, paz e energia positiva. A festa é maravilhosa! E se encontrar alguém e sentir afinidade: curta, viva o momento! Nós encontramos um amor de carnaval, pro resto da vida”.