A presença da mulher no Bloco Coruja

Foi só após a chegada da cantora Ivete Sangalo, em 2002, que o bloco passou a ter participação feminina.

Quem vê o desfile do Bloco Coruja no Carnaval de Salvador sob o comando e irreverência de Ivete Sangalo, seguida por uma multidão alternativa, não consegue imaginar nenhuma outra identidade para a atração. Mas a verdade é que não foi sempre assim. 

Fundado em 1963 como Clube dos Corujas, seu nome foi abreviado com o tempo, virando só Os Corujas e, depois Corujas até finalmente ser Coruja, como conhecemos hoje. O nome do bloco vem do ato de “corujar as moças por parte de seus integrantes, que começaram saindo de fantasia, mas depois passaram para as famosas mortalhas e posteriormente os abadás, que é conhecido como um dos principais símbolos da folia baiana. 

Além do público exclusivamente masculino, até 1996 a participação de mulheres no trio elétrico do Bloco Coruja era vetada. Foi só em 2002 que o bloco teve uma participação feminina, quando a cantora Ivete Sangalo assumiu o comando da atração e promoveu uma reformulação, tornando-o um dos principais blocos do Carnaval de Salvador, bem como um dos mais queridos entre os foliões. 

À frente do Coruja, Veveta também destacou o bloco por propiciar a apresentação de inúmeros cantores durante o desfile, além de contar com convidados famosos em seu trio elétrico.